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sábado, 2 de julho de 2011

Museu Histórico, Artístico e Folclórico "Ruy Menezes"

Padaria Luso Brasileira

Av. 7 esq. Rua 18.

Fila para comprar pão durante a 2ª. Guerra Mundial. A foto revela os transtornos provocados pela guerra na cidade de Barretos.
 
 
 
 
 
 
 

Hotel São José

Hotel São José
- Rua 18 esq. Av. 15 -
(atual estacionamento de um Supermercado)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Igreja Matriz – Catedral do Divino Espírito Santo


O início da construção data de 1893. Apresenta porte Neoclássico com estilo eclético, em seu interior observam-se elementos greco-romanos, renascentistas e barrocos. Interior ricamente decorado com pinturas renascentistas italianas, e, vitrais coloridos com cristais belgas e chumbo, montados pela casa Conrado de São Paulo.
 

FONTE LUMINOSA

Trata-se de belíssima obra ofertada a cidade de Barretos pela comunidade japonesa em comemoração aos cinquenta anos da emigração no Brasil. A  fonte tinha um encanto raro, com dois pratos concêntricos, superposto formando duas impressionantes cachoeiras circulares e no centro jatos de água que alcançavam aproximadamente 10 metros de altura, a fonte era colorida e musical. Ao seu redor havia 04 luminárias em forma de cogumelos dividindo-a em 04 partes.

E.E. Cel. Almeida Pinto

Ajardinamento da Praça que embeleza a entrada do 3º. Grupo Escolar “Cel. Almeida Pinto”. A escola passou a funcionar em 1939, mas somente em 1951, foi inaugurada em prédio próprio.O 3º.Grupo passou a se chamar "E.E. Cel. Almeida Pinto" em 1952, homenagem ao político barretense, educador e fundador do primeiro colégio da cidade, Colégio "São JOão", em 1885.
 

IMAGENS DO 1º. GRUPO ESCOLAR DE BARRETOS





1º. Grupo Escolar - atual E.E. Dr. Antônio Olympio
Primeiro grupo da cidade de Barretos, inaugurado em 1912. Ficou conhecido como “carrapatão” devido ao aspecto arquitetônico baixo e achatado.  A obra foi executada por Pagani Fioravanti, responsável também pela edificação da Catedral do Divino Espírito Santo. Demolido no início da década de 1970, para a construção de um prédio moderno.

RECORTES DOS DETALHES DA FACHADA DO "PALÁCIO DAS ÁGUIAS"

Paço Municipal – atual Museu Histórico, Artístico e Folclórico “Ruy Menezes”
Edificado no início do século XX. Construção em estilo neoclássico, em seu frontispício existe duas esculturas em formato de águias que o tornaram conhecido como “Palácio das Águias”. Na fachada principal tem-se uma escadaria e 04 colunas, nas laterais erguem-se duas torres em aspectos medievais.

BIOGRAFIA

DR. PEDRO PAULO DE SOUZA NOGUEIRA
Intendente Municipal de Barretos em 1897 e 1899 a 1904


            Nasceu em Rezende, estado do Rio de Janeiro, no dia 29 de junho de 1844.
            Eram seus pais o Dr. Francisco Xavier de Paula Nogueira e Dona Carolina Honório de Melo Nogueira.
            Casou-se em 07 de janeiro de 1872, com a Srª Helena Fischer Nogueira. O casal teve 11 filhos: Francisco, Pedro, Luiz, Paulo, Esnar, Hely Jarbas, João, Eurico, Noemi Hilda Nogueira, Júlia e Adelaide (Sinhá) Nogueira. Sendo, Francisco de Paula Souza Nogueira tabelião do 2º Ofício e tomou parte da Revolução Republicana de 1893, ao lado de Floriano Peixoto. E, Hely Jarbas de Souza Nogueira foi também Prefeito de Barretos no período de 31/10/1933 a 26/07/1934.
            Fez o curso primário em sua terra natal e o secundário no “Colégio de Caraça”, em Minas Gerais e no “Seminário de São João”, no Rio de Janeiro. Diplomou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1869.
            Em Rezende exerceu advocacia e os cargos de Juiz Municipal e de órfãos, no período de 1872 a 1876. Foi vereador de 1873 a 1880 e de 1883 a 1886, neste último mandato fora Presidente da Câmara Municipal. De 1886 a 1891 foi coletor das Rendas Gerais, tendo ainda sido Provedor da Santa Casa.
            Chegou a Barretos no dia 4 de janeiro de 1893, com a família (seus irmãos já estavam em Barretos). Neste local, foi agricultor, exerceu advocacia, sendo talvez o primeiro profissional da área que se radicara e foi escolhido como “Intendente Municipal”, tendo como secretário o Sr. Eleasar de Menezes.
            Aceitou esse cargo com a condição de poder agir com inteira liberdade, sem obediência as tais “injunções políticas” que embaraçavam muitas vezes as autoridades administrativas da época.
            Por isso, no Álbum Centenário, de Ruy Menezes e José Tedesco, o Dr. Pedro Paulo foi caracterizado como “Um homem de rima têmpera, sólida cultura e de integridade moral que se tornou proverbial.” (p. 23)
            Podê, de tal forma, atender com toda operosidade as necessidades do Município. Foi notável a sua ação como Intendente Municipal.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Arquivos e Documentos do Museu Histórico, Artístico e Folclórico “Ruy Menezes”
MENEZES, Ruy e TEDESCO, José. Álbum Comemorativo do 1º Centenário da Fundação de Barretos (1854 a 1954). Data de edição:25 de agosto de 1954.
Jornal Barretos Memórias. Dezembro / 87. Ano 1.
 

BIOGRAFIA DO BENEDITO REALINDO CORRÊA - EX-PREFEITO DE BARRETOS


“Filho de Joaquim Arnaldo Corrêa e Eulina Carolina Corrêa, nasceu em Batatais, onde cursou os primeiros estudos, dando continuidade em Barretos,freqüentando o curso de “Madureza”, atualmente conhecido como “Supletivo”. Casou-se em 25 de agosto de 1939, com Áurea da Silva Corrêa, tendo três filhos. Foi político ativo, sendo eleito vereador no quadriênio 1952 e 1955. Ocupou o cargo no Executivo de 1956 a 1959. Foi eleito por duas vezes deputado estadual. Faleceu tragicamente assassinado, envolvido num crime passional.”

Transcrição do Jornal "O Diário" de 01/Ago/2004.
 

Poesias do Cel. Silvestre de Lima

A TUA MÃO
                          Silvestre de Lima


É tão fina essa mão, tão frágil, tão leve,
Que eu que a sorvo num beijo, eu que num dedo a torço,
Guardo-a numa só mão sem o mínimo esforço,
Assim como uma flor guarda um floco de neve.


Qual de um bosque  voa uma borboleta,
Paira, eleva-se, desce, e ora se oculta quase,
Ora aparece e vai mais veloz que uma seta,


Quando a raiva (ou amor) tens que os olhos te abrase,
Move-se a tua mão, baixa, ergue-se inquieta,
Acompanha-te a voz, segue-a frase por frase...


Mas, se as pousas em mim - como um floco de neve
Pousa sobre uma flor - sem o mínimo esforço,
Ah! Então é que eu sinto, eu que num dedo a torço,
Quanto pesa afinal essa mão que é tão leve!

Notas sobre o Cel. Silvestre de Lima:
Cel. Silvestre de Lima fundou o primeiro jornal da cidade de Barretos e região, "O SERTANEJO", em 1900.
Foi prefeito de Barretos, vereador e deputado estadual.
Em 1918, mudou-se para São Paulo onde fundou o "Colégio Minerva", e integrou-se também ao corpo de redatores do jornal "O Estado de São Paulo", que é o jornal mais antigo da cidade de São Paulo em circulação.

Ten. Brasilino - 1º. Instrutor do Tiro de Guerra nº. 512

O Jornal “O Diário” de 08/Jan/1972, noticia a morte do Ten. Brasilino, 1º. Instrutor do Tiro de Guerra nº. 512.
Informa ainda que o Ten. Brasilino Custódio da Silva veio para Barretos em 1926. E que aqui ele presidiu o Tiro de Guerra por 20 anos. Foi diretor da ACIB, sócio fundador da Associação Paulista de Imprensa e atuou também como diretor do jornal "A Semana", pelo período em que o sr. Paulo Bezerra esteve em viagem ao Ceará. Além de ter prestado importante contribuição na formação dos jovens alunos do Ateneu Municipal de Barretos, onde foi o responsável pelo setor de disciplina.
O Ten. Brasilino foi casado com a dona Maria Aparecida Ferraz Silva, com quem teve 02 filhos:
Brasilino Custódio da Silva, casado com Zuleika Apª. Picolo e Waldir Custódio da Silva. Morreu no dia 07/01/1972 às 4:30 horas, na cidade de Ribeirão Preto, aos 78 anos.

TIRO DE GUERRA Nº. 512

O Tiro de Guerra nº. 512 foi fundado no início do século XX, nos derradeiros anos 10, entretanto, por envolvimento em um tiroteio quando de um violento pleito eleitoral no ano de 1919, teve suas atividades suspensas até 1926. Foi reorganizado em 1927 e ficou aos cuidados do Ten. Brasilino por 20 anos.

Referências:
Jornal "O Diário" de 08/Jan/1972.
MENEZES, Ruy, O Espiral - História do Desenvolvimento Cultural de Barretos, 1985.

BIOGRAFIA DO CEL. SILVESTRE DE LIMA


BIOGRAFIA DO CEL. SILVESTRE DE LIMA
Intendente Municipal de 1894 a 1896 e 1909 a 1914


            Nasceu em 31 de dezembro de 1859, em São Sebastião da Ventania, (em 1954 cidade de Alpinopolis), filho de Vicente Gomes Lima (1819-1902). Silvestre estudou incialmente em sua terra natal, depois em Carmo do Rio Claro, no “Colégio Padre James de Toledo Lion”, onde já revelava suas tendências à arte da poesia e também era um aluno destacável. Em 1877, foi levado por seu pai para estudar medicina no Rio de Janeiro.
Neste contexto, segundo os relatos de Osório da Rocha, no livro “Barretos de Outrora” (1954), conta-se: “certa vez hospedado numa fazenda, teve ensejo de presenciar o suplício infligido por feitos desalmado a um mísero cativo. Na calada da noite, impressionado e insone, Silvestre dá vasão à sua mágua e revolta, no primeiro soneto, que foi um grito de protesto, uma profissão de fé, um programa jurado de luta em favor da raça escravizada, seguido à risca até a vitória em 1888.”
            No Rio de Janeiro, quando estudante, ingressou no jornalismo, colaborando na “Gazeta da Tarde”. Grande amigo de José do Patrocínio, passou-se de alma arrebatada para as agitações da Campanha Abolicionista, e logo, se vinculou aos ideais republicanos. Foi então que escrevera seu distinto poema “A Escravidão”, no qual se perdeu totalmente,
 e mereceu, segundo Osório da Rocha, as melhores referências da crítica. Como disse, na época, Venceslau de Queirós: “Como poema de propaganda, só conheço outro igual aos latifúndios, é A Escravidão, de Silvestre de Lima”.
            Concluiu o curso de Farmácia pela Faculdade de Medicina, mas não prosseguiu os estudos por motivos particulares.
            Em 1885, foi para Ituiutaba (MG), então chamada “São José do Tijuco”. Ali lançou as sementes da pregação dos ideais republicanos. Até que em 1891, a convite do Cel. Antônio Marcolino Osório de Souza, mudou-se para Barretos.
            Aqui chegando, montou uma pequena farmácia de sociedade com João Teles, exercido as funções de Curador Geral de Órfãos e Promotor Público Interno. Exerceu até mesmo advocacia.
            No ano seguinte a sua chegada, já se integrava ao movimento político local.
            Ocupou cargos de vereador, Presidente da Câmara, Prefeito Municipal e Deputado Estadual; função que renunciou em 1903, quando da eclosão do movimento conhecido como “Dissidência”. Recebeu também a patente de Coronel da Guarda Nacional.
            Foi fundador do Jornal “O Sertanejo”, primeiro jornal que existiu em Barretos e região, fundado em 31 de março de 1900. Essa publicação alterou substancialmente a mentalidade dos barretenses. Fundou depois o “Correio de Barretos” e a “Folha de Barretos”, jornais de grande aceitação.
            Casou-se em 22 de maio de 1895 com Nazária Isaura de Mira, então com 15 anos de idade. Tiveram o casal os seguintes filhos: Silvestre Filho (advogado), Plínio (médico), Vicente (famoso músico, já fora o 2º melhor flautista do Brasil), Afra e Chloé (professoras).
Cansado da política, que só lhe dera dissabores e desenganos, e necessitando dar seqüência aos estudos de seus filhos, mudou-se para São Paulo, em 1918. Na capital paulista, fundou o “Colégio Minerva”, em que muitos barretenses foram estudar.
            Integrou-se também no corpo de redatores de “O Estado de São Paulo”, e aí dirigiu, durante algum tempo, a secção “Notas e Informações”, a famosa página de editoriais do grande órgão da Imprensa Paulista. Era, também, amigo pessoal de Júlio Mesquita.
            Faleceu em 15 de setembro de 1949, em São Paulo.
            No dia 12 de outubro de 1949, a “Sociedade Amigos de Barretos”, presidida por Hely Pimenta, promoveu solenidade de homenagem póstuma a Silvestre de Lima; sendo Osório da Rocha o conferencista.
           
REFERÊNCIA:
ROCHA, Osório. Barretos de Outrora. Abril de 1954.

Primeiro Prefeito de Barretos


CEL. RAPHAEL DA SILVA BRANDÃO
Intendente Municipal de 1891 a 1893


            Natural de São José dos Botelhos (MG), nasceu no dia 03 de fevereiro de 1864. Era filho do italiano Luiz Brandão, ou Brandini, e residiam em Uberaba.
          Em 1884 esteve matriculado no Colégio Moretszohn, de São Paulo, mas não pode continuar seus estudos, resolvendo então comercializar alguns produtos no Triângulo Mineiro. Mas, um dia decidiu atravessar o Rio Grande e tudo mudou desde então. Vendeu uma porção de ferramentas, drogas (medicamentos), calçados, enfim toda mercadoria utilizável neste período. Entusiasmado pelo sucesso obtido nas vendas, escreveu a seu pai que não voltaria mais a negociar em Minas Gerais.
            Veio definitivamente de Uberaba para Barretos, no dia 10 de março de 1885. A partir de então, tornou-se grande amigo do Coronel João Carlos de Almeida Pinto.
            Casou-se em 21 de janeiro de 1888 com D. Veridiana Gomide (Dona Cavita), tendo o casal os seguintes filhos: Filomena, Maria Olinda (Cotinha), Angelina, Olga, Lucília e depois de muitos anos, em 1918, nasceu Luiz (que foi dentista e ainda residente na cidade).
            Em Barretos, Raphael Brandão militou na política e além de ter sido o primeiro prefeito (intendente municipal) de Barretos, exerceu cargos da maior responsabilidade, como juiz (1890), vereador e outros.
            Em conseqüência, foi nomeado Coronel da Guarda Nacional, Presidente da Câmara Municipal (1905), em 1914 foi Coletor Federal (o primeiro de Barretos), no ano de 1927 era o presidente do Grêmio Literário e Recreativo de Barretos. Logo, aposentou-se contra sua vontade, em 1935.
            Barretos deve a Raphael grandes serviços e o maior foi, talvez, ter obtido a criação da Comarca de Barretos, depois de muitas conversas com o chefe republicano, Dr. Alfredo Ellis. O Coronel se preocupou também com a questão alimentícia dos presos e adotou medidas para a criação do novo cemitério em 1893. É válido ressaltar que, nesta época, instalava-se o Diretório do Partido Republicano e a Câmara.
            Raphael faleceu no dia 26 de dezembro de 1935.
 
Nota
            A conjuntura política da época era de um Brasil que acabava de sair do Império de Dom Pedro II e partir para a tão esperada República. Além disso, a economia também se modificava, já que, teoricamente, a escravidão era abolida e a mão-de-obra assalariada tornava-se vigente. Nos setores sociais e culturais explodia a influência francesa na arquitetura, mas, a desigualdade social era muito notada.
            Na área administrativa encontram-se agrupamentos políticos da elite agrária, que formavam a instituições como a Guarda Nacional e, assim, exerciam as funções referentes à administração das respectivas vilas ou cidades. Neste contexto, percebe-se que títulos de patentes, como coronel – dado também a Raphael Brandão - são referentes aos chefes políticos do interior, dentro da política do Coronelismo. E, é neste exato momento que se vê presente o primeiro Intendente Municipal de Barretos, Cel. Raphael Brandão.
 
REFERÊNCIAS:
ROCHA, Osório. Barretos de Outrora. SP, 1954.
Documento do Museu.

Oficina em Araçatuba

Imagens da Oficina "Análise do discurso: o preconceito no livro didático", que ministrei no Museu Histórico e Pedagógico "Marechal Rondon", em Araçatuba.



Posted by PicasaA oficina integra a exposição itinerante "Negro Interior", coordenada pela Secretaria de Estado da Cultura, através do Sistema de Museus - SISEM e Associação de Gestão Cultural no Interior Paulista - AGCIP.